“Me desculpe pela demora em responder. Estive tentando escrever alguns pensamentos sobre o Jimmy. Segue o que escrevi até agora... espero que goste.
Sempre que converso com pessoas que conheciam o Jimmy, quem ele era e as coisas de que ele gostava ficam mais claras. Seus amigos e família compartilham histórias e relembram memórias, todas estranhas e inusitadas, nenhuma delas comuns ou ordinárias, e essas lembranças ajudam a compor a imagem de quem ele era. Essas histórias estão impregnadas da excelência, brilhantismo e da verdadeira genialidade do Jimmy e, mesmo que contadas de forma emotiva e trazidas do fundo do coração, ainda que intelectualmente estimulantes, elas não passam de meras citações, referências enigmáticas de quem ele realmente era.
O verdadeiro Jimmy Sullivan não pode ser definido com palavras, nem mesmo com a união de todas as histórias que sua família, amigos e conhecidos possam contar. Tentar definir o Jimmy é como tentar definir uma obra de arte. Acredito que por isso ele tenha sido um musicista, mais que isso, um artista (com um A maiúsculo). Um Artista no sentido completo da palavra. Tudo que ele fez foi arte e emanava criatividade. Até mesmo em seus momentos mais confusos e desastrosos ele ainda estava produzindo obras de arte.
Ele sabia que ações e palavras ordinárias não eram suficientes para expressar o que ele era intimamente, ou mais completamente, nossa condição humana. Nisso ele era um mágico! Jimmy era um feiticeiro de algum tipo, uma criatura mitológica metamorfoseando-se para aqueles que o conheciam bem... o suficiente para que ele lhes tirasse a palavra.
Jimmy era uma das mais extremas e apaixonadas pessoas que jamais conheci. Não havia uma única condição ou qualidade no espectro da vida humana que ele não personificasse ou, ainda que temporariamente, praticasse com absoluto virtuosismo e extrema consciência. Quando ele estava de algum jeito ele realmente estava, se sentia e agia daquele jeito. Quando era sábio, ele era o mais sábio. Quando demonstrava compaixão, era quem sentia isso mais verdadeiramente. Quando era engraçado, ele era o mais engraçado. Quando falava alto, ninguém mais podia ser ouvido. Quando era fanfarrão, ele era o mestre dos fanfarrões. Quando era desleixado, era o cara mais desleixado do universo. E, quando era amigo, ele era o melhor de todos os amigos!
Da mesma forma que Jimmy Sullivan entendia a acreditava nas idéias, no poder da criatividade, da expressão, do amor – coisas que são intangíveis –, sei que o que ele esperaria de mim agora e sempre é que o encontre nessas coisas e celebre sua existência através delas. Ao passo que eu e outras pessoas que foram tocadas por ele relembramos as idéias que ele focava e manifestava da maneira mais ímpar, ele é mantido em nossos corações. Dessa forma, e através da beleza do que dele deixou para trás, para mim, Jimmy Sullivan vai estar sempre vivo.
O pavio da vida do Jimmy queimou alto e depressa, mas cada fibra daquele pavio liberou energias tão poderosas e vivas que qualquer coisa em volta dele e qualquer um com que entrasse em contato se tornasse muito melhor e mais bonito por ter sido exposto àquela luz maravilhosa e incandescente. Ele tinha o dom alquímico de tornar qualquer coisa que tocasse em ouro e, se você estivesse próximo dele, não havia como não sentir esse precioso e iluminado elemento ganhando vida dentro de você.
Me parece que Jimmy foi o melhor amigo de todo mundo, mas não sei dizer se considerava a todos seus melhores amigos. Ele era o MEU melhor amigo, mesmo que eu não saiba se fui o melhor amigo dele, afinal, ele tinha muitos melhores amigos.
O que posso dizer, com toda certeza, é: se ele não era seu melhor amigo, ele era, sem sombra de dúvida, o mais fascinante deles!"
Taylor.
Fonte: A7X TEAM BRAZIL
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